Constipação intestinal: sintomas e quando se preocupar

A constipação intestinal é uma condição caracterizada pela dificuldade em evacuar, seja pela passagem das fezes, pela baixa frequência de evacuações ou ambos os casos. Em via de regra, ela não pode ser considerada uma doença, já que se trata de um sintoma associado a doenças e demais problemas de ordem física ou mental.

O bloqueio na passagem das fezes — fenômeno comum na prisão de ventre — implica em um esforço maior para evacuar e está associada a fezes ressecadas (ou duras). Além disso, pode ocorrer também uma sensação de dificuldade na hora de eliminar matérias fecais, incluindo a necessidade de movimentos manuais para defecar.

Quer saber mais sobre este problema, suas causas, sintomas, formas de tratamento e cuidados necessários? Então este post é para você! Continue sua leitura e tire suas principais dúvidas a respeito deste assunto.

O que é constipação funcional e orgânica?

A constipação funcional ou primária é a forma mais comum da prisão de ventre e tem relação direta com uma alimentação inadequada, falta de atividades físicas e até mesmo a uma postura imprópria no ato de defecação. Já a constipação orgânica, também chamada de secundária, ocorre devido a fatores de ordem metabólica, endócrina, neurológica, muscular ou psiquiátrica.

Principais causas da constipação intestinal 

Considerando os fatores dietéticos, as causas mais comuns da constipação intestinal estão atreladas a uma dieta pobre em fibras e a baixa ingestão de líquidos. Além de consumir menos vegetais e leguminosas, é comum que os pacientes utilizem alimentos processados em excesso, principalmente os carboidratos presentes em pães, massas e doces em geral.

No geral, as tarefas diárias repletas de compromissos e o ritmo acelerado de trabalho vêm mudando o comportamento dos indivíduos, criando um ambiente favorável à alimentação inadequada, como lanches rápidos ou adiamento das refeições. Aliado a isso, ignorar a urgência para evacuar também pode comprometer o funcionamento normal dos intestinos.

Por outro lado, o uso de medicamentos para tratamento de algumas doenças pode levar a uma importante condição de constipação. As substâncias mais comuns são os antiinflamatórios, analgésicos opiáceos, anti-histamínicos, diuréticos, antidepressivos e demais antipsicóticos.

De que modo os sintomas se manifestam no organismo?

Problemas frequentes para evacuar são caracterizados por um esforço anormal na hora de defecar ou até mesmo quando um indivíduo vai ao banheiro menos que duas vezes por semana. Contudo, sobre a frequência normal do funcionamento do intestino é importante lembrar que não existe um número definido, afinal, pode variar a cada indivíduo, sendo mais comum entre 3 e 12 vezes na semana.

Por se tratar de um sintoma secundário, a constipação intestinal se apresenta em diferentes situações, sendo habitual sua associação com enfermidades do trato intestinal, como a doença do cólon e do reto. Embora cada indivíduo possa apresentar um sintoma diferente, os sinais mais característicos da constipação são:

  • Menor ocorrência de evacuações dentro de um determinado período;
  • Dificuldade na hora de evacuar fezes muito duras ou pouco volumosas;
  • Impressão de evacuamento incompleto;
  • Incômodo, alongamento e inchaço abdominal;
  • Demais distúrbios digestivos.

Como é feito o diagnóstico da constipação intestinal?

O primeiro passo para um diagnóstico completo passa pela investigação do histórico médico do paciente. Em seguida, o médico deve realizar um exame clínico criterioso para determinar a origem e a causa do problema. Sendo assim, podem ser solicitados exames laboratoriais para complementar o diagnóstico, como hemograma e de imagem.

De modo geral, além de pesquisar eventuais ocorrências de sangue oculto nas fezes e analisar a anatomia dos intestinos, são realizados procedimentos como colonoscopia, enema opaco e de tempo de transição das fezes para determinar adequadamente as causas desse tipo de distúrbio, bem como estabelecer e conduzir a melhor forma de tratamento.

Existe tratamento para constipação intestinal?

Tendo em vista que a constipação intestinal é um sintoma e, por isso, não se trata de uma doença propriamente dita, o tratamento tem o objetivo de identificar e corrigir as causas do problema. Como já destacamos, a alimentação é um dos principais responsáveis pelo intestino preso. Portanto, apenas com uma sensível mudança na dieta e estilo de vida, grande parte dos pacientes pode experimentar uma melhora significativa.

No que diz respeito ao tratamento em si, a alteração no plano alimentar é o primeiro aspecto que deve ser considerado. Sendo assim, a nova dieta consiste em uma ingestão maior de legumes, frutas e verduras ricas em fibras. Além disso, podem ser inseridos alimentos com propriedades laxantes, como ameixa, mamão e farelos em pó.

Em seguida, recomenda-se aos pacientes ingerir bastante líquido (cerca de dois litros por dia). Por fim, é indicado também praticar atividade física de maneira frequente para estimular o bom funcionamento do intestino.

Como se prevenir e reduzir eventos de constipação?

Não é novidade para ninguém que a prevenção é o melhor remédio para qualquer problema. Portanto, tomar alguns cuidados é indispensável para evitar uma série de problemas médicos — além de poder se beneficiar de diferentes formas a curto prazo. Pensando nisso, separamos algumas dicas para prevenir a constipação e viver com mais saúde. Confira!

  • Evite adiar a urgência de ir ao banheiro quando houver vontade de evacuar;
  • Consuma bastante líquido, incluindo águas e sucos;
  • Evite o consumo exagerado de álcool, pois ele contribui para uma maior desidratação das fezes, logo, maior ressecamento;
  • Crie o hábito de ingerir frutas com casca aos intervalos de cada refeição importante;
  • Busque controlar situações de estresse de modo a reduzir o nível de ansiedade ou depressão;
  • Procure ajuda médica sempre que perceber alterações incomuns nos hábitos intestinais.

Concluindo, a constipação intestinal é uma condição cujo tratamento não exige cuidados especiais, mas demanda atenção em alguns casos. Por isso, os pacientes acometidos devem se preocupar sempre que houver uma mudança repentina do trânsito intestinal sem que haja uma razão específica para tal condição, ou seja, quando o caso não é explicado pelo hábito alimentar ou pela introdução de medicamentos novos.Quer mais uma última dica fundamental? Faça visitas regulares ao seu médico! Você pode agendar uma consulta agora mesmo e descobrir como anda a saúde do seu intestino. Para mais informações e dicas, siga também o nosso Instagram.

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