Quais exames devo fazer para diagnosticar doenças renais?

Detectar corretamente as doenças renais é de extrema importância, pois algumas enfermidades podem não apresentar qualquer sintoma até que os rins já estejam severamente comprometidos. Por outro lado, a única forma de detectar irregularidades nas funções renais é submetendo-se a exames específicos que são capazes de diagnosticar problemas.

De modo geral, alguns testes simples de sangue e urina são utilizados para determinar doenças renais precocemente. Estes exames têm como objetivo analisar os níveis de creatinina ou até mesmo a presença de algumas substâncias fora do parâmetro normal da urina.

Quer entender melhor sobre cada processo? Então, continue a leitura!

Tipos de exame para diagnosticar doenças renais 

Teste de sangue

Para medir a eficiência das funções renais por meio dos testes de sangue é preciso avaliar indicadores importantes, como a taxa de filtração glomerular (TFG). Este sistema nada mais é do que uma investigação de rotina capaz de demonstrar como os seus rins estão funcionando através de concentrações de creatinina.

Por outro lado, embora este seja um dos principais métodos para avaliação da função renal, é preciso destacar que não se trata de um processo aplicável a todas as pessoas. Isso porque pacientes com idade inferior a 18 anos, gestantes, indivíduos sedentários ou atletas de alto rendimento podem ter uma dosagem difícil de analisar.

Creatinina

Por se tratar de uma substância produzida pelos músculos e dispensada apenas pelos rins, a creatinina serve como um parâmetro aplicado na prática médica para detectar doenças renais. Isso acontece porque o seu funcionamento se dá de maneira bastante semelhante a um marcador, afinal, quando há uma desordem neste órgão, o seu nível sobe.

Como já destacamos, a creatinina dosada pelo sangue é derivada em especial pelo metabolismo deste composto de aminoácidos presente nas fibras musculares. Diante disso, fatores como a idade, o peso e o sexo podem influenciar na taxa no sangue. Vale lembrar que indivíduos do sexo masculino têm naturalmente um maior volume de massa muscular. 

Portanto, esse grupo de pessoas tem maior concentração dessa substância no sangue, incluindo pessoas mais jovens — quando comparada a idosos e mulheres. Ademais, a dosagem da creatinina no sangue revelada em altos níveis pode indicar um comprometimento de cerca de 50% das funções renais, já que não existe uma relação direta com a taxa de filtração dos rins.

Exame de urina

O mau funcionamento dos rins também pode ser detectado através do exame de urina. Além de revelar problemas na via urinária, a amostra de urina pode conter elementos que indiquem a presença de anormalidades renais.

Em via de regra, a coleta se dá de forma bem simples nos laboratórios de análises clínicas. Para tanto, basta que o paciente colete uma amostra da urina após um período determinado, sendo geralmente pela manhã.

Em seguida, é investigada a presença de eventuais elementos que podem indicar culturas de bactérias, como proteínas, glicose, cristais, leucócitos, entre outros. Confira, a seguir, os detalhes de alguns dos principais critérios avaliados pelo exame de urina.

Glicose

Não tão raro, a detecção de glicose na urina é um processo muito comum em pacientes diabéticos. Isso acontece porque esse tipo de carboidrato concentra-se em altos níveis no sangue e, consequentemente, são filtrados pelos rins e eliminados pela via urinária. 

Por outro lado, em um exame considerado “normal” não deve haver a presença de glicose. Portanto, caso não se trate de um paciente com histórico de diabetes, é possível que haja indícios de distúrbios nos túbulos renais.

Proteínas

Em alguns casos, é possível que os indivíduos apresentem uma perda elevada de proteínas na urina. Esse quadro é conhecido como proteinúria e indica uma possível condição renal importante. Logo, é essencial que seja feita uma investigação mais aprofundada a critério do médico especialista.

Sangue

A presença de sangue ou de moléculas de glóbulos vermelhos (hemoglobina) não são normalmente detectadas em um exame de urina. Sendo assim, caso seja identificada sua presença, também pode ser necessária uma investigação cautelosa. Contudo, vale lembrar que mulheres no período menstrual não devem realizar esse tipo de exame para não comprometer equivocadamente os resultados.

Hemácias

As hemácias ou eritrócitos são células presentes no sangue humano que têm como objetivo transportar o oxigênio e o gás carbônico por todas as regiões do corpo. Também chamadas de glóbulos vermelhos, sua análise microscópica pode indicar, por exemplo, a formação de cálculos renais.

Além disso, o aumento do número de células hemácias é uma condição que merece atenção especial, já que pode sugerir a presença de diferentes problemas renais que, em suas formas mais graves, levam à insuficiência renal aguda.

Leucócitos

Os chamados glóbulos brancos (leucócitos) são as principais células de defesa do nosso organismo. Em geral, a presença de uma pequena quantidade dessas células é considerada normal. Contudo, a presença de elevados níveis de leucócitos pode representar um quadro inflamatório significativo da via urinária, como uma nefrite.

Cristais

Diferente dos demais elementos, a presença de cristais na urina é muito comum. Tanto os cristais de ácido úrico quanto o oxalato de cálcio na urina podem não indicar qualquer anormalidade no funcionamento do sistema renal. 

Isso porque a presença destes elementos na urina se dá a partir da digestão de proteínas e alimentos ricos em cálcio e oxalato. Entretanto, quando há outras alterações nos exames associados a sinais e sintomas, pode-se demonstrar prejudicial à saúde, já que estes cristais em excesso comprometem o funcionamento renal, oferecendo danos mais graves aos rins.

Qual a importância desses exames na detecção de doenças renais?

Como você pode perceber, os testes de sangue e exames de urina podem sugerir algumas deficiências importantes da função renal. Entretanto, a falta de sintomas associados pode descartar problemas no trato urinário, incluindo a filtragem dos rins.

Por isso, é natural que sejam realizadas outras investigações mais específicas quando há indícios de níveis elevados de creatinina no sangue ou a presença de elementos incomuns na urina. 

Entretanto, é preciso destacar a importância da detecção precoce de eventuais doenças renais em exames simples. Afinal, eles podem contribuir para um melhor controle da saúde do órgão, favorecendo diagnósticos mais precisos e prematuros.

Ademais, deve-se atentar aos sinais da doença renal, já que não apresentam qualquer alteração antes de atingir níveis de comprometimento mais severos, além de estar associada a outros riscos, como doenças cardiovasculares.

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